Os bancos avançam em meio à aproximação entre Brasília e China, fortalecendo a relação diplomática e os fluxos de comércio e investimentos.
Os dois principais bancos privados do Brasil, Itaú e Bradesco, estão interessados em atrair investidores para o mercado de investimentos da China e divulgaram parcerias com renomadas gestoras de recursos do país asiático, em um momento em que a relação diplomática entre as duas nações atinge meio século, celebrado na quinta-feira, 15, e em que as transações comerciais têm se expandido.
Além de fortalecer os laços entre Brasil e China, as iniciativas visam atrair novos investidores para o mercado financeiro internacional, promovendo oportunidades de crescimento e diversificação de portfólio para os interessados em ampliar seus horizontes de investimento.
Bradesco e Itaú atraem investidores chineses e brasileiros
Uma iniciativa inovadora está em andamento no mercado de investimentos, permitindo que investidores brasileiros apostem na China e chineses apostem no Brasil. O Bradesco está avançando nessa área e planeja lançar um fundo de ativos brasileiros na Bolsa de Xangai, por meio de um ETF, provavelmente até outubro. Ao mesmo tempo, um fundo de índice de papéis chineses será listado na B3, aberto a qualquer investidor interessado.
Essa movimentação estratégica é viabilizada por um acordo de cooperação entre o Bradesco, que administra um volume significativo de ativos, e a China Universal Asset, uma gestora com expressiva presença no mercado. Essa parceria visa estreitar a relação diplomática entre os dois países, facilitando o acesso mútuo aos mercados de investimentos.
O CEO da Bradesco Asset, Bruno Funchal, destaca a importância desse passo, que visa atrair investidores de ambos os lados. Ele ressalta o potencial do mercado chinês, com oportunidades em setores como veículos elétricos, biotecnologia e painéis solares, assim como o interesse chinês em explorar o mercado brasileiro, especialmente em setores estratégicos como o de commodities.
No Itaú, a gestora também está buscando fortalecer sua presença internacional, estabelecendo colaborações com a E Fund em diversas áreas. Com um comunicado conjunto divulgado recentemente, as duas instituições demonstram interesse em ampliar suas ofertas de produtos e serviços, visando atender a uma gama mais diversificada de investidores.
A proximidade entre Brasil e China tem se intensificado, refletindo-se no aumento dos fluxos de comércio entre os dois países. A visita do presidente chinês ao Brasil, agendada para novembro, e a participação do país na cúpula do G20 no Rio, evidenciam a importância dessa relação bilateral. A parceria entre as gestoras financeiras brasileiras e chinesas contribui para fortalecer os laços entre os investidores de ambos os países.
Essa estratégia de expansão internacional é vista como um passo fundamental para o crescimento das instituições financeiras envolvidas, conforme destaca o chefe de Gestão de Investimentos Globais do Itaú Asset, Carlos Augusto Salamonde. A busca por oportunidades de investimento em diferentes cenários e a diversificação geográfica e de ativos são pilares dessa abordagem estratégica.
Essa colaboração entre Bradesco, Itaú e as gestoras chinesas representa um marco na diplomacia econômica, abrindo novas possibilidades para os investidores explorarem mercados internacionais de forma mais ampla e diversificada.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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