Grupo de acionistas descontente com oferta dos controladores da Cielo, que detêm 7% do capital, aguarda novo laudo de avaliação antes de concordar com a proposta.
Durante as últimas quatro semanas, um conjunto de investidores minoritários da Cielo negociou com os acionistas majoritários Bradesco e Banco do Brasil com o objetivo de aprimorar a oferta pública de aquisição de ações (OPA) proposta pelos controladores.
Essa movimentação dos acionistas reflete a preocupação em obter um acordo mais favorável para a empresa de adquirência, buscando garantir um futuro seguro e próspero para a companhia Cielo.
Grupo de acionistas busca melhorar oferta da Cielo
A proposta de R$ 5,35 (incluindo o pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 0,15) por ação da empresa de adquirência, após laudo de avaliação feito pelo Bank of America, estava abaixo do esperado pelos minoritários para o fechamento de capital da companhia. A expectativa girava em torno de uma oferta entre R$ 7,50 e R$ 8,80, levando em consideração comparações com concorrentes e os múltiplos considerados nesse processo. O grupo de minoritários acabou se dividindo diante dessa proposta insatisfatória.
Novo acordo eleva proposta de fechamento de capital da Cielo
Empresas como Absolute, AZ Quest, Clave, Encore, Vinland e XP, que juntas detêm aproximadamente 7% do capital da Cielo, além de quase 20% das ações em circulação, se uniram para negociar uma melhoria na oferta dos controladores. Após intensas conversas, houve um acordo para elevar a oferta de R$ 5,35 para R$ 5,60, com a adição do CDI na liquidação da operação.
Expectativas e descontentamentos na negociação da Cielo
Enquanto algumas partes concordaram com a nova proposta, grupos como Ibiúna, Mantaro e o investidor Luiz Barsi Filho, detentores de menos de 4% do capital da Cielo, permanecem insatisfeitos e acreditam que ainda há espaço para uma valorização maior. A negociação pode se estender por até três meses após a aprovação em assembleia.
Banco do Brasil exige novo laudo para OPA da Cielo
O Banco do Brasil adotou uma postura rígida e solicitou um segundo laudo para elevar o preço da Oferta Pública de Aquisição (OPA). Os conselheiros independentes indicaram o J. Safra para elaborar um novo laudo, a fim de viabilizar a melhoria na proposta. Essa negociação envolveu diferentes pontos de vista e estratégias por parte dos envolvidos.
Revisão de recomendação de ação da Cielo pelo BTG Pactual
Com as novas condições à mesa, o BTG Pactual reanalisou a situação da Cielo e rebaixou a recomendação de compra para neutro. Os analistas enfatizaram que a deslistagem da empresa pode se concretizar sob os novos termos estabelecidos na negociação. A valorização de mercado da Cielo, atualmente em R$ 14,75 bilhões, apresenta um aumento de 20,2% no ano.
Fonte: @ NEO FEED
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