Empresa entregou 67 jatos 737 no trimestre até março, o primeiro recuo em sete trimestres e uma queda de 41% em relação ao ano passado.
A fabricante de aviões Boeing anunciou hoje uma redução de 8% em sua receita trimestral, atingindo US$ 16,57 bilhões, marcando o primeiro declínio em sete trimestres. Esse resultado foi impactado pela desaceleração na produção de seus jatos mais populares, após um incidente em pleno voo em janeiro.
Em meio a esse cenário desafiador, a empresa entregou 67 unidades do jato 737 no primeiro trimestre de março, representando uma queda de 41% em comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, a Boeing permanece focada em superar esses obstáculos e fortalecer sua posição no mercado de aviação.
Boeing: Desafios Financeiros e de Produção
Os fabricantes de aviões recebem a maior parte do dinheiro na entrega das aeronaves aos clientes. No trimestre de março, a empresa Boeing registrou um prejuízo ajustado por ação que diminuiu de US$ 1,27 para US$ 1,13. Entretanto, a fabricante de aviões dos Estados Unidos enfrentou uma queima de caixa significativa nesse mesmo período, chegando a US$ 3,9 bilhões, em comparação com US$ 786 milhões no ano anterior.
Impacto no Fluxo de Caixa da Boeing
A Boeing previu um uso do fluxo de caixa livre entre US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões, um número mais alto do que o planejado anteriormente. Desde o primeiro recuo sete após o incidente com a fuselagem de um jato operado pela Alaska Airlines em janeiro, a Boeing tem enfrentado desafios. A agência de aviação dos EUA (FAA) impôs limites à produção dos modelos 737 MAX, os jatos mais vendidos da empresa.
Estratégias da Boeing para Superar Desafios
Além disso, a FAA ordenou à Boeing a elaboração de um plano abrangente para lidar com questões de controle de qualidade. O presidente-executivo, Dave Calhoun, destacou a importância da segurança e qualidade dos produtos da empresa, mesmo diante de entregas reduzidas e desafios financeiros.
Projeções e Metas Financeiras da Boeing
Analistas alertam que o ritmo lento das entregas pode afetar as metas financeiras e de produção da Boeing. A empresa prevê um aumento mais lento na taxa de produção e nas entregas do jato de corredor duplo 87. A meta de atingir um fluxo de caixa anual de cerca de 10 bilhões de dólares até 2025 ou 2026 representa um desafio em meio aos obstáculos atuais.
Demandas do Mercado e Perspectivas Futuras
Apesar dos desafios, a demanda por novos aviões permanece forte. A Boeing enfrenta escassez de fornecedores para algumas peças-chave, o que impacta na produção. A empresa prevê entregar todas as unidades de 737 e 787 em estoque até o final do ano, buscando superar as dificuldades e manter sua posição no mercado como um dos principais fabricantes de aviões do mundo.
Fonte: © CNN Brasil
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