Atividades da Spirit subiam 3,6% no mercado acionário dos EUA, enquanto as da Boeing avançavam 2% e da Airbus 3,3% após a última crise desencadeada pela maior empresa autônoma de aeroestruturas europeias.
A Boeing concordou em recomprar a Embraer por US$ 4,7 bilhões em ações, e a Airbus decidiu assumir as atividades focadas na América Latina da fornecedora, o que fez as ações das três empresas subirem em uma rara cisão transatlântica. A independência de quase duas décadas da maior empresa autônoma de aeroestruturas do mundo terminou em uma divisão entre seus maiores clientes após a última crise do Boeing 737 MAX, em janeiro.
A crise foi desencadeada pela ruptura de um pedaço da fuselagem da aeronave em pleno voo, que trouxe à tona dúvidas sobre a resiliência da fabricação de fuselagens. A decisão da Airbus em assumir as atividades na América Latina foi vista como uma jogada estratégica para expandir sua presença global e competir de forma mais direta com a Boeing no mercado de aviação.
Boeing: Recompra da Spirit e Integração de Capacidades
A Boeing, conhecida por suas atividades no setor aeroespacial, tomou uma decisão estratégica ao recomprar a antiga subsidiária Spirit por cerca de US$ 37,25 por ação, conforme divulgado pela Reuters. Esse movimento, que totaliza um valor corporativo de US$ 8,3 bilhões, visa fortalecer a integração das capacidades de manufatura e engenharia entre as duas empresas.
O CEO da Spirit, Pat Shanahan, expressou otimismo em relação à fusão, destacando a importância da união para aprimorar sistemas de segurança e qualidade. Enquanto isso, no mercado acionário dos Estados Unidos, as ações da Spirit e da Boeing registraram ganhos significativos, com alta de 3,6% e 2%, respectivamente.
A relação entre a Spirit e a Boeing remonta a uma separação anterior, que envolveu a diversificação do trabalho da Spirit para a concorrente europeia Airbus, em meio a críticas sobre a priorização de redução de custos em detrimento da excelência. A decisão da Boeing de recomprar a Spirit após a última crise Boeing, desencadeada em janeiro, levantou questões sobre o futuro das atividades da Spirit em relação à Airbus.
Em resposta, a Airbus anunciou planos de assumir as atividades principais em quatro plantas da fornecedora nos EUA, Irlanda do Norte, França e Marrocos, além de absorver trabalhos menores atualmente realizados em Wichita. Esse movimento, que ocorre em meio a negociações entre Boeing, Spirit e Airbus, reflete uma coordenação entre as três empresas em busca de sinergias.
O acordo entre Airbus e Spirit está sujeito à devida diligência, enquanto as ações da Airbus apresentaram um aumento de aproximadamente 3,3% no mercado. A integração entre Boeing, Spirit e Airbus promete redefinir o cenário das aeroestruturas, consolidando a Boeing como a maior empresa autônoma do setor e reforçando sua posição no mercado global.
Fonte: © CNN Brasil
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