Biden disse que um parente foi “derrubado em uma área infestada de canibais na Nova Guiné” durante a Segunda Guerra, desagradando o líder local.
No discurso recente, mencionou-se que um parente do presidente Joe Biden foi vítima de canibalismo na Papua-Nova Guiné, um território da Oceania, durante a Segunda Guerra Mundial. A declaração de Biden gerou polêmica e causou a reprovação do primeiro-ministro James Marape do País da Oceania.
O presidente dos Estados Unidos trouxe à tona uma narrativa intrigante sobre a Papua-Nova Guiné, um país insular da Oceania, despertando debates e discussões em escala internacional. A história do suposto incidente envolvendo canibalismo durante a Segunda Guerra Mundial, relatada por Biden, levantou questões sensíveis e despertou a atenção da população local e global.
Explorando a História de Papua-Nova Guiné
Em 17 de abril, Biden compartilhou detalhes sobre seus tios envolvidos na Segunda Guerra Mundial. Ele mencionou o Tio Bosie, Ambrose Finnegan, que pilotava aviões monomotores sobre Papua-Nova Guiné. Segundo ele, o tio foi derrubado em uma área infame por canibalismo na região. No entanto, registros militares contradizem essa narrativa, descrevendo-o como passageiro em uma aeronave que caiu no mar devido a problemas mecânicos.
Os registros militares revelam que, infelizmente, três tripulantes, incluindo Finnegan, nunca foram encontrados, sem menção de canibalismo. A agência Associated Press mostrou que a história de Biden difere do que foi documentado, gerando debates sobre a precisão dos relatos.
A Visão de Michael Kabuni sobre Canibalismo em Papua-Nova Guiné
Em resposta à questão sobre canibalismo em Papua-Nova Guiné, o professor Michael Kabuni esclareceu que, embora a prática tenha existido em algumas comunidades, era realizada de forma ritualística e não por escassez de alimentos. Kabuni explicou que o canibalismo tinha um contexto específico, como evitar a decomposição de corpos, destacando a importância de não distorcer a cultura local.
Posicionamento do Primeiro-Ministro de Papua-Nova Guiné
O primeiro-ministro James Marape reagiu aos comentários de Biden, frisando a necessidade de respeitar a história de seu país. Marape afirmou que o povo de Papua-Nova Guiné não teve envolvimento direto na Segunda Guerra e solicitou esforços para localizar e limpar os vestígios da guerra, incluindo o avião de Ambrose Finnegan.
Ele ressaltou que a região ainda abriga sinais do conflito, como restos humanos, destroços de aeronaves e bombas não detonadas. Pediu atenção para garantir a memória dos que perderam a vida na guerra e a segurança da população local, que ainda lida com os impactos do conflito.
Comentando sobre os vestígios da Segunda Guerra em Papua-Nova Guiné, Marape destacou a importância de uma ação imediata para preservar a história e proteger a comunidade local dos perigos remanescentes. A atenção para com essa questão histórica é essencial para garantir um futuro mais seguro e pacífico em Papua-Nova Guiné.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo