Brasileiro pediu ajuda médica no último Grand Slam. Karolina Muchova venceu e avançou à semifinal sobre uma situação complicada.
Na reta final do primeiro set, Bia Haddad se preparava para receber o saque de Madison Keys, adversária nas oitavas de final do US Open. Quando ela respirou fundo, o ar não veio. Com fortes indícios de nervosismo, a brasileira pediu atendimento médico e precisou de um momento para se tranquilizar.
No segundo parágrafo, em um torneio tão importante como o US Open, a pressão dos Estados Unidos sobre os competidores é evidente. A atmosfera tensa do dos Estados Unidos pode afetar até os mais experientes, como Novak Djokovic, que enfrenta singular desafio na busca pelo troféu desta edição do US Open.
Confrontando Desafios no US Open
Na imponente Arthur Ashe, palco principal do Grand Slam, as duas competidoras retornaram à quadra e a oponente da paulista avançou para a semifinal do renomado torneio dos Estados Unidos. Após o jogo, Bia discorreu sobre o momento complicado que enfrentou.
– Experimentei certa ansiedade e mal-estar. Solicitei a presença da fisioterapeuta, busquei acalmar-me, são aspectos inerentes. Seguindo as normas, busquei utilizar a ajuda profissional e jogar de maneira mais consistente, entretanto, não estava me sentindo bem – partilhou Bia Haddad.
Desafios na Competição US Open
A atleta vivenciou uma partida de peso notável. A participação de Bia Haddad nas quartas de final do US Open carregava consigo uma significância ímpar na história do tênis brasileiro. Ela se tornou a primeira representante do Brasil a alcançar essa fase no Aberto dos Estados Unidos desde Maria Esther Bueno, em 1968. Enfrentar Muchova sempre se mostra uma tarefa complicada, com a paulista enfrentando dificuldades para manter seu ritmo competitivo.
– Tudo se desdobra na maneira como encaramos os momentos. Tudo se resume à mentalidade. Costumo dizer que é uma questão de espírito. Cada detalhe, desde o saque até a movimentação dos pés. Tudo depende de como enfrentamos os desafios. Falo do meu desempenho no saque, que foi abaixo do esperado. Mas também a devolução, a movimentação dos pés. Minha agressividade, como lidei com as situações. Foi minha jornada interna, minha batalha comigo mesma e meus demônios internos. Como encarei o jogo. Em certo momento, senti-me um tanto abalada – compartilhou Bia Haddad.
Apesar da derrota impactante, a tenista brasileira não saiu desanimada. Bia Haddad ingressou no top 20 do ranking mundial da WTA, acumulando valiosas vivências e aprendizados para os próximos grandes confrontos que aguardam em sua trajetória.
– Não estou plenamente satisfeita. O sorriso em meu rosto reflete orgulho pessoal, do meu time, de minha família, do privilégio de competir numa quadra desse renome. É extremamente gratificante poder pisar nesse cenário. Mas sei que ainda surgirão outras oportunidades, desafios em quadras de prestígio, enfrentando adversárias de peso. Continuarei persistindo, sem saber ao certo quando a vitória virá, porém permanecerei tentando. Isso me enche de orgulho. Busco enxergar o lado positivo, a vida é ampla. Talvez tenha me pressionado demais, encarado as situações de forma distorcida. Mas dei meu máximo, entreguei em quadra o que estava ao meu alcance – concluiu Bia Haddad.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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