Seleção brasileira: Rayane Soares (59) gana ouro em 200m e prata em disco F53 na mesma dia. Verônica Hipólito (T36, baixa visão, microftalmia) fica com bronze nos 100m F53/F54. Atletas destacam-se em provas agrupadas das classes discus F53/F54 e T36. Soares e Hipólito batem recorde mundial na disputa de suas respectivas provas. Atletas nascem sobrepondo-se no pódio, Soares na F53 e Hipólito na F54.
O Brasil teve um desempenho incrível na competição de atletismo paralímpico em Kobe. Beth Gomes, campeã nas Paralimpíadas de Tóquio, brilhou mais uma vez ao conquistar duas medalhas de ouro e uma de bronze. Aos 59 anos, Beth Gomes mostrou toda sua habilidade no lançamento de disco F53, categoria em que competem sentados, garantindo assim seu terceiro título consecutivo.
Além de Beth Gomes, outra atleta brasileira se destacou na competição. Rayane Soares surpreendeu a todos ao faturar o título nos 200m T13, destinado a atletas com deficiência visual. Beth, atleta experiente, e Rayane, revelação do atletismo paralímpico brasileiro, mostraram que o país tem um futuro promissor no esporte adaptado.
Beth Gomes: Tricampeã Mundial no Lançamento de Disco F53
Beth Gomes, atleta da seleção brasileira, conquistou seu terceiro título mundial na prova de lançamento de disco F53, com a marca de 17,22m. Apesar de não superar seu recorde mundial de 17,80m, estabelecido no Parapan de Santiago 2023, Beth mostrou sua determinação e resiliência ao garantir mais uma vitória. Em suas palavras, ‘Esse título significa muito, minha resiliência e minha vontade de viver.’
Beth, atleta da classe F53, também brilhou na prova agrupada das classes F53/F54, conquistando a medalha de prata no arremesso de peso com a marca de 7,53m. A mexicana Gloria Guadarrama, da classe F54, ficou com o ouro ao alcançar 8,04m, enquanto a uzbeque Nurkhon Kurbanova (F54) garantiu o bronze com 7,48m.
Além de seu sucesso no lançamento de disco e no arremesso de peso, Beth Gomes é um exemplo de superação e dedicação. Sua trajetória inspiradora é marcada por conquistas e desafios superados, como a luta contra a esclerose múltipla. A atleta nasceu com baixa visão devido à microftalmia bilateral congênita, o que torna suas vitórias ainda mais significativas.
Outro destaque da seleção brasileira foi a maranhense Rayane Soares, que brilhou nos 200m T13 com o melhor tempo da temporada, 24s89. Rayane, atleta da classe T36, conquistou seu primeiro título mundial nessa prova, demonstrando sua evolução e determinação. Anteriormente, ela havia conquistado medalhas em outras competições, como bronze nos 400m em Paris 2023 e ouro nos 400m e prata nos 200m em Dubai 2019.
A paulista Verônica Hipólito também se destacou, garantindo a última medalha brasileira do dia em Kobe nos 100m T36, com o tempo de 14s35. Verônica, atleta da classe T36, conquistou o bronze, demonstrando sua força e superação. Com três medalhas em Mundiais, incluindo ouro nos 200m e prata nos 100m em Lyon 2013, Verônica mostrou que cada conquista é valiosa e significativa em sua jornada como atleta.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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