Ministro Barroso, do STF, apoia a incorporação da tecnologia na tomada de decisões e processos decisórios, visando baixar a fila.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mencionou a importância da inteligência artificial no apoio às atividades do Poder Judiciário, incluindo a tomada de decisões. Em uma palestra na Universidade de Oxford, no Reino Unido, ele destacou a relevância de utilizar a inteligência artificial de forma complementar, desde que haja a supervisão de um juiz humano responsável. Barroso ressaltou a necessidade de incorporar cada vez mais a inteligência artificial no ambiente jurídico.
A implementação da IA no Judiciário representa um avanço significativo na modernização do sistema legal. A tecnologia da IA pode contribuir para a eficiência e aprimoramento dos processos judiciais, auxiliando os magistrados em suas decisões. A visão de Barroso sobre a integração da inteligência artificial no Direito reflete a crescente valorização da inovação e da tecnologia no campo jurídico.
Inteligência Artificial na Justiça: Apoio à Tomada de Decisões
Barroso tem a convicção de que a inteligência artificial (IA) pode ser uma ferramenta fundamental para auxiliar na diminuição da fila de processos e na melhoria da eficiência e equidade no Judiciário. Ele acredita que a tecnologia da IA pode ser amplamente utilizada e para diversos fins, desde que haja uma regulamentação adequada. No entanto, ele ressalta que, no estágio atual, a supervisão humana é indispensável. Segundo o ministro, é essencial que haja sempre um juiz responsável pela tomada de decisões.
O Supremo Tribunal Federal já adota softwares de IA para ajudar na seleção e agrupamento de processos por temas. Durante sua gestão, Barroso lançou um edital para que empresas de tecnologia apresentassem protótipos de programas capazes de resumir ações judiciais. Além disso, há um interesse crescente em ferramentas que facilitem a pesquisa de jurisprudência e precedentes.
Barroso vê a inteligência artificial como uma ferramenta complementar, e não autônoma, mas acredita que ela pode trazer benefícios significativos em termos de celeridade, eficiência e equidade. O ministro se declara um entusiasta do uso da IA, porém alerta para os principais riscos associados a essa tecnologia, como a disseminação de preconceitos, violação de privacidade e, especialmente, a propagação da desinformação em larga escala.
O presidente do STF expressou sua preocupação com o potencial uso da inteligência artificial para fins bélicos e enfatizou o perigo da disseminação de desinformação em massa, especialmente por meio de fake news e deep fake. Barroso discursou recentemente na abertura do Brazil Forum UK, onde defendeu a necessidade de regulamentação das plataformas digitais para combater o ódio, a desinformação e o sensacionalismo que muitas vezes são incentivados pelo modelo de negócio baseado em engajamento a qualquer custo.
A incorporação da tecnologia da IA no Judiciário é vista como uma oportunidade para aprimorar os processos decisórios e garantir maior eficiência e transparência. Barroso ressalta a importância de se utilizar a inteligência artificial de forma responsável e ética, visando sempre o benefício da sociedade e a preservação dos valores democráticos.
Fonte: © Direto News
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