João Martins concedeu entrevista coletiva após vitória do Palmeiras sobre o Flamengo, gesto obsceno do treinador durante o futebol brasileiro.
Em declaração à imprensa após o triunfo por 1 a 0 diante do Flamengo, nesta quarta-feira (7), pela Copa do Brasil, o principal braço direito de Abel Ferreira no Palmeiras, João Martins, criticou severamente o árbitro Daronco. Martins, que assumiu a palavra em substituição a Abel após o técnico ser expulso por gesto obsceno contra Daronco no segundo tempo, fez duras críticas, abordando também o STJD, VAR e diversos aspectos do futebol nacional. O auxiliar questionou principalmente os critérios adotados pelo juiz gaúcho para assinalar faltas e afirmou que ele interrompe o jogo constantemente para descansar, devido às dificuldades com seu peso elevado.
Martins ainda protestou contra o fato de Daronco ter apitado várias partidas importantes do Verdão nos últimos meses, com suas atuações sempre desagradando a comissão técnica alviverde. Em tom enérgico, o colaborador de Abel Ferreira chegou a sugerir que o árbitro repense sua carreira caso não consiga lidar com a pressão externa e os problemas de peso. ‘É hora de refletir’, concluiu Martins, em meio a um desabafo contundente. Leia mais sobre essa coletiva de vitória aqui.
Daronco: Verdades e Julgamentos no Futebol Brasileiro
Podem posteriormente me inserir no STJD para receber lições de moral de advogados que são voluntários para nos julgar. Fora do futebol, ocorre algo que ainda não compreendo: já fui alvo de mais lições de moral deles [advogados do STJD] do que de meus pais em toda a vida… Mas isso é outra questão. No final, direi as verdades, e quem julgará decidirá se é passível de tribunal ou não. Quem profere as verdades às vezes precisa enfrentar punições, e estou aqui para isso.
Anderson Daronco este ano arbitrou o 5º jogo com o Palmeiras, todos cruciais. Houve o confronto com o Botafogo-SP, onde cada toque era considerado falta, e o Botafogo era forte no jogo aéreo. Ele conseguiu controlar a partida de forma apropriada, talvez por estar exausto… Mas talvez estivesse fatigado desde o início da temporada, pois sua postura é constante. O segundo jogo nem vale a pena mencionar. O terceiro foi contra o Corinthians, onde ele expulsou Veiga alegando que ‘o contexto e o ambiente exigiram’ a expulsão, devido ao placar de 2 a 0 e à pressão da torcida… O quarto jogo foi contra o Botafogo no Rio de Janeiro… Ninguém menciona que, aos 3 minutos do primeiro tempo, ele deveria ter expulsado o zagueiro (do Botafogo). Ninguém disse nada! Sabe o que ele alegou? Que ‘era o contexto’, pois estava sob pressão antes do jogo.
Se um árbitro se sente pressionado antes do início da partida, a palavra correta é ‘incompetência’. E se um árbitro se sente pressionado antes do início da partida, não deveria arbitrar. Esse senhor precisa decidir. Rony foi agredido, pisoteado na coxa pelo lateral-esquerdo (do Botafogo), e ele informou a Rony que foi um ‘acidente de trabalho’. Posteriormente, Bastos chutou a cabeça de Rony. Se fosse no jogo de hoje, seria expulsão, obviamente, mas como era Botafogo x Palmeiras, passou impune, sem consequências. Esse jogo ocorreu cerca de 15 dias atrás. Não entendo como um árbitro… Se houvesse alguém da CBF avaliando, teria recebido uma nota baixa. E agora ele vem apitar uma partida crucial hoje!
Um árbitro que utiliza todas as bolas paradas para conversar com os jogadores e descansar. Isso é inacreditável para nós, treinadores, ver um árbitro que interrompe todos os escanteios e faltas para dialogar! Queremos jogar futebol e proporcionar um bom espetáculo. Há pessoas que pagam para assistir ao jogo e nós devemos oferecer um bom espetáculo, mas não nos permitem. Hoje, ele marcou faltas e faltinhas.
Sobre o VAR, é surpreendente como o VAR expulsa alguém um minuto e 20 segundos após um lance em que ele marcou uma falta absurda de Marcos Rocha em Gerson. Foi uma das 10 faltas que ele marcou em qualquer contato. Foi absurdo. E por quê? Porque ele precisa descansar… Se um árbitro precisa descansar durante o jogo, algo está errado. E a culpa não é nossa! Nós apenas exigimos o máximo. ‘Marque aquela falta’, foi o que Abel disse (antes de ser expulso). Quanto ao gesto obsceno feito por Abel, agora nós aqui teremos que decidir se vamos repreender e punir, ou se vamos analisar, refletir e tirar conclusões adequadas.
Há 15 dias, Abel utilizou uma expressão inadequada.
Fonte: @ ESPN
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