Direções médicas e textos de saúde assinados por profissionais brasileiros. Envelhecimento populacional: baixa, média renda. Fatores de risco: idade, incidência cânceres globais, letalidade, diagnósticos tardios. Casos: Rei Charles III, O.J. Simpson. Projecções: mortes, câncer relativas. Campanhas educativas: exames preventivos, avaliações da próstata, Teste de Antígeno Prostático Especifico (PSA).
Uma pesquisa atual divulgada na revista The Lancet, chamada Comissão sobre câncer de próstata: planejando para o aumento de casos, revelou uma tendência alarmante: o crescimento global de câncer de próstata está associado ao envelhecimento da população, com uma incidência mais acentuada em nações de baixa e média renda. O aumento dos casos de câncer de próstata é um desafio de saúde pública que requer atenção e ação imediata.
É crucial adotar medidas preventivas e investir em pesquisas para lidar com o incremento da incidência de câncer de próstata. O aumento contínuo desses casos ressalta a importância de campanhas de conscientização e programas de rastreamento para combater essa doença de forma eficaz. A saúde dos homens deve ser priorizada, e a luta contra o câncer de próstata deve ser uma questão global de saúde pública.
Aumento Global da Incidência de Câncer de Próstata
De acordo com dados recentes divulgados pela Globocan, o câncer de próstata está se tornando cada vez mais comum em escala mundial, representando agora o terceiro tipo mais diagnosticado entre os homens, com uma incidência de 7,3% de todos os cânceres. Os prognósticos futuros são preocupantes, com projeções indicando um acentuado aumento no número de novos casos da doença, que poderá dobrar, passando de 1,4 milhão em 2020 para 2,9 milhões até 2040. Além disso, espera-se um incremento alarmante de 85% nas mortes relacionadas ao câncer de próstata, chegando a quase 700 mil casos anualmente nesse mesmo período.
Em contrapartida, o câncer de pulmão foi o mais diagnosticado em 2022, com quase 2,5 milhões de novos casos, representando 12,4% de todos os cânceres globalmente. Os cânceres de mama feminina (11,6%), colorretal (9,6%), próstata (7,3%) e estômago (4,9%) também figuram entre os mais comuns. Esses dados são baseados em estimativas atualizadas da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e publicados pela American Cancer Society.
No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o mais prevalente entre os homens, sendo responsável por uma morte a cada 38 minutos. O envelhecimento é um fator de risco conhecido, mas não o único responsável pela doença. Embora mais comum em pacientes mais velhos, homens jovens, entre 20 e 49 anos, representam cerca de 5% dos casos. Casos notáveis, como o diagnóstico do Rei Charles III (75 anos) e a morte de O.J.Simpson (76 anos) este ano, destacam a relação entre envelhecimento e câncer de próstata.
É importante ressaltar que a doença não está ligada exclusivamente à idade, mas também a fatores genéticos, epigenéticos, estilo de vida e, principalmente, diagnóstico tardio, que contribuem para altas taxas de letalidade. A detecção precoce é fundamental, e campanhas educativas são essenciais para incentivar exames preventivos regulares, como avaliações da próstata por toque retal e o teste de Antígeno Prostático Específico (PSA).
Os exames preventivos são recomendados a partir dos 50 anos, ou aos 45 anos para homens com histórico familiar da doença ou pertencentes a grupos de risco, como afrodescendentes. É crucial estar atento a sintomas como dificuldade para urinar, fluxo urinário fraco, micção frequente, presença de sangue na urina ou no sêmen, entre outros sinais que podem indicar a necessidade de avaliação médica.
Fonte: @ Veja Abril
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