Romeu Tuma Júnior esclareceu dúvidas internas no clube paulista sobre possível impeachment do presidente do Conselho.
Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, foi o convidado deste domingo no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta. Durante a entrevista, ele abordou temas como a gestão do clube e a possibilidade de impeachment do atual presidente.
Em meio às discussões, surgiram questionamentos sobre a viabilidade de um afastamento e as consequências que isso poderia trazer para a equipe. Tuma Júnior destacou a importância da transparência e da união para superar esse momento delicado. O tema do impeachment continuará sendo debatido nos próximos dias, conforme a situação se desenrola.
Discussão sobre um possível impeachment no Corinthians
Assim, dissipou algumas incertezas surgidas internamente no clube paulista. Tuma abordou a questão de um impeachment potencial do presidente Augusto Melo no Corinthians, considerando a intensa pressão dentro do clube para que o pedido seja formalizado. Ele explicou minuciosamente como o processo funciona e esclareceu a viabilidade do mesmo acontecer. Recentemente, o Corinthians tem enfrentado uma série de problemas internos, incluindo a rescisão do contrato com a VaideBet devido a uma cláusula anticorrupção, após a denúncia de uma empresa laranja envolvida no acordo de intermediação.
Para que o impeachment ocorra, é necessário que haja um crime especificado no estatuto. Posteriormente, é feita uma representação que precisa ser aceita pelo presidente do Conselho, seguindo para a comissão de ética, que deve concordar. Em seguida, o assunto é levado ao plenário, onde é votado. ‘Quando se trata de um pedido de impeachment, passa pelo presidente, que emite um parecer. Após isso, segue para a comissão de ética, que também emite um parecer, e então vai para o plenário para votação’, afirmou.
Caso o plenário aprove, o pedido de impeachment é encaminhado para a assembleia geral, na qual todos os sócios são convocados a votar, assemelhando-se a uma eleição. Se os sócios decidirem pelo afastamento do presidente, o impeachment é concretizado. O presidente do conselho então convoca o próximo na linha para assumir o cargo, que tem um prazo de 30 dias para ocupá-lo. Durante esse período, é realizada uma eleição interna no conselho, com os candidatos sendo escolhidos entre os membros do conselho, e o vencedor assume a presidência.
O processo de impeachment ainda não foi iniciado, uma vez que nenhum pedido formal foi apresentado. Há rumores na mídia de que Tuma estaria protegendo Augusto Melo, porém, segundo ele, nenhuma solicitação de impeachment foi feita, sendo essas especulações apenas para prejudicar a reputação do Corinthians. Tuma foi eleito em 1° de fevereiro com 164 votos, 55 a mais que Jorge Kalil, e destacou a importância do processo de transição no clube.
Falando sobre a transição, Tuma ressaltou a necessidade de manter a integridade e a transparência durante o período inicial da gestão. Ele reconheceu que é comum haver erros no início de uma nova administração, mas enfatizou que eventuais falhas serão amplificadas, especialmente por aqueles que estavam insatisfeitos com a gestão anterior. Tuma também fez uma reflexão sobre a administração anterior, questionando a severidade das críticas direcionadas a ela.
Além disso, ele abordou o comentário de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, que afirmou que seria um ‘caos’ caso Augusto Melo assumisse a presidência devido à falta de experiência. Tuma argumentou que não é necessário ter conhecimento específico em esportes para liderar com competência, mas sim saber escolher as pessoas certas para os cargos adequados. Ele destacou a importância de ter profissionais qualificados em áreas como marketing e advocacia, ressaltando que o clube conta com esses recursos atualmente.
Fonte: @ ESPN
Comentários sobre este artigo