Ministro presidente do TSE em operação de prisão e busca de confiança do Tribunal Superior Eleitoral durante ataques a ministro.
O agente federal Marcelo Bormevet, detido hoje (11) pela Polícia Federal (PF), deu instruções a um subordinado, Giancarlo Gomes Rodrigues, para agir de forma agressiva contra um assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Bormevet, conforme a PF, era próximo do delegado Alexandre Ramagem, que atualmente é deputado federal pelo PL e, naquela época, ocupava o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo informações do relatório da PF, a conversa ocorreu em 2021, quando Barroso estava à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O diálogo entre Marcelo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues, realizado pelo Whatsapp, revela a tensão envolvendo o nome de Barroso, mencionado em publicações nas redes sociais e em comentários de um perfil conhecido como ‘Kim Paim’. O assessor do ministro era alvo de supostas acusações, levando Bormevet a expressar sua preocupação: ‘Estou acompanhando as notícias sobre o KIM Paim hoje’. A relação entre os envolvidos na trama paralela à Abin revela um cenário complexo e cheio de desdobramentos inesperados.
Relatório aponta ação da ‘Abin paralela’ contra assessor de Barroso
De acordo com as informações reveladas, o policial Marcelo Bormevet e seu subordinado Giancarlo Rodrigues, na época em exercício na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teriam direcionado esforços para ataques contra um assessor de Barroso. O relatório da Polícia Federal destaca que tais ações não se limitaram apenas a atos de embaraçamento de investigações, mas também configuraram um atentado ao livre exercício do poder Judiciário.
O documento ainda ressalta que os ataques não se restringiram aos ministros do Supremo Tribunal Federal, mas se estenderam até mesmo a familiares dos magistrados. A prática de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro foi apontada como uma das motivações por trás dessas ações.
Investigações apontam para espionagem da ‘Abin paralela’
A Polícia Federal revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria espionado auditores da Receita Federal que investigavam possíveis irregularidades, incluindo um suposto esquema de ‘rachadinha’ envolvendo Flávio Bolsonaro. Além disso, a ‘Abin paralela’ teria monitorado o presidente da Câmara, Arthur Lira, e ministros do Supremo Tribunal Federal.
Operação da PF desvenda a atuação da ‘Abin paralela’
Durante a quarta fase da Operação Última Milha, a PF efetuou a prisão preventiva de Marcelo Bormevet, que fazia parte da equipe de segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro. Bormevet foi nomeado por Alexandre Ramagem como chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin, onde supostamente operava a ‘Abin paralela’.
A investigação apontou que essa estrutura clandestina era utilizada para monitorar ilegalmente adversários políticos do presidente. A operação resultou em mandados de prisão e busca e apreensão em diversas cidades do país, visando ex-servidores da Abin e influenciadores digitais ligados ao chamado ‘gabinete do ódio’ do governo.
Atuação ilegal da ‘Abin paralela’ atinge membros dos Três Poderes
Segundo a PF, a organização criminosa ligada à ‘Abin paralela’ era responsável por monitorar autoridades públicas de forma ilegal e disseminar notícias falsas. Políticos, jornalistas e membros dos Três Poderes teriam sido alvo das ações do grupo, que incluíam a criação de perfis falsos e a propagação de fake news.
A investigação apontou ainda que a organização acessava ilegalmente dispositivos eletrônicos e infraestrutura de telecomunicações para realizar suas atividades ilícitas. A gravidade dessas ações levou à emissão de mandados de prisão e busca, com o objetivo de desmantelar essa rede criminosa que atuava de forma clandestina.
Fonte: @ CNN Brasil
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