Durante a pandemia de Covid-19, o setor imobiliário novo, liderado pelo Monastério e XP, superou os efeitos de isolamento, com R$ 1,8 bilhão em captações anuais em 2023, um aumento de 30% do total e 13% superior às demais ofertas no segmento. Esse crescimento, apesar de anos de pandemia, rendeu 15,5% ao índice de referência Ifix e quase 32% aos fundos de malls, ultrapassando a média do setor de tijolo do país. O desempenho forte continuou, com o e-commerce mudando o rumo das operações mais recentes e as capacidades de adaptação das mudanças. (141 caracteres)
Os fundos imobiliários de shoppings, um dos setores mais impactados pela crise da covid-19, continuam a apresentar sinais de recuperação neste início de 2024. A partir do segundo semestre de 2023, o mercado já registrou cerca de R$ 7 bilhões em novas ofertas, um valor significativamente maior do que o observado em outros fundos imobiliários.
Essa tendência positiva reflete a confiança dos investidores nos fundos de shoppings e no potencial de retorno desses fundos imobiliários. Os real estate funds têm se mostrado resilientes diante dos desafios econômicos recentes, demonstrando a importância dos investimentos nesse setor em constante evolução.
Desempenho dos Fundos Imobiliários de Shoppings em Destaque
Durante o painel da quarta edição do FII Experience, promovido pela Suno, com a participação de Isaac Marcovistz, da BB Asset, e Alexandre Machado, da Hedge, o tema dos fundos imobiliários de shoppings foi amplamente discutido. Segundo Machado, esses fundos representam uma parcela significativa, cerca de 30%, de todo o montante captado pela indústria este ano. Em contrapartida, em 2023, os fundos de shoppings estiveram presentes em apenas 13% das captações realizadas.
Um exemplo notável desse cenário é o XP Malls (XPML11), um fundo focado em shoppings, que recentemente obteve a maior captação da história do segmento, totalizando R$ 1,8 bilhão. Essa operação elevou o patrimônio do fundo para impressionantes R$ 6,2 bilhões, consolidando sua posição como o maior do setor de ‘tijolo’ no país.
O desempenho excepcional dos fundos de shoppings no ano passado foi um dos principais impulsionadores desse cenário. Em 2023, enquanto o Ifix, índice de referência da categoria, teve uma valorização de 15,5%, os fundos imobiliários de shoppings renderam quase o dobro, alcançando cerca de 32%. Esse segmento superou significativamente o índice, motivando assim os investidores a se interessarem por esses ativos.
Durante os períodos mais desafiadores da pandemia de covid-19, os fundos imobiliários de shoppings, juntamente com os de escritórios e hotéis, foram duramente afetados pelas restrições de ‘lockdown’ em todo o país. O fechamento dos estabelecimentos resultou, em alguns casos, na suspensão do pagamento de dividendos por parte de alguns fundos, levantando preocupações sobre o futuro do setor.
No entanto, a capacidade de adaptação dos shoppings foi destacada por Machado, da Hedge, como um ponto crucial para a recuperação do segmento. As mudanças trazidas pelo avanço do e-commerce levaram o mercado a questionar o rumo dos fundos de shoppings, mas a habilidade do setor em se ajustar às transformações foi fundamental para seu desempenho positivo.
Em meio a um cenário de incertezas e desafios, os fundos imobiliários de shoppings demonstraram resiliência e uma capacidade notável de se reinventar, o que tem sido fundamental para seu destaque no mercado de investimentos imobiliários.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo