Medicamento anti-sono irregularmente usado para experimentar alucinações, causando dependência. Relações de uso irregular e abusivo. Existem relatos de adversos episódios na lista de substâncias psicotrópicas controladas. Validez da receita e duas vias de administração embalagem branca. Principal medicamento de sono mudou, adendo 4 de sua lista.
Amplamente compartilhado nas mídias sociais por provocar alucinações e ações inesperadas, como compras impulsivas, quando utilizado de forma inadequada, o remédio para insônia zolpidem foi submetido a uma camada extra de regulação para prescrição e comercialização por determinação da Anvisa, e, a partir de 1º de dezembro, novos remédios devem ser produzidos com embalagem de tarja preta.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária intensificou o controle de venda do hipnótico zolpidem, classificando-o na lista B1 de substâncias psicotrópicas. Para garantir o tratamento adequado de insônia, a prescrição desse medicamento agora requer uma receita do tipo B (azul), visando a segurança e eficácia no tratamento da insônia.
Controle rígido da Anvisa sobre o zolpidem para insônia
Em uma reunião realizada recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu novas diretrizes para o medicamento zolpidem, utilizado no tratamento da insônia. A partir de agora, a prescrição desse fármaco só poderá ser feita por profissionais devidamente cadastrados na autoridade local de vigilância sanitária, com a exigência de uma receita do tipo B (azul), mais rigorosa para remédios controlados. Essa medida entrará em vigor a partir do dia 1º de agosto deste ano.
O zolpidem já está incluído na lista de substâncias psicotrópicas, conhecida como lista B1, e é classificado como um hipnótico, indicado para casos de insônia de curta duração. É importante ressaltar que a recomendação médica é que o uso desse medicamento não ultrapasse quatro semanas, devido ao risco de abuso e dependência associados à sua administração prolongada.
A Anvisa destacou que a decisão de intensificar o controle sobre o zolpidem foi motivada pelo aumento dos relatos de uso abusivo e irregular do medicamento, bem como pelo crescimento de eventos adversos relacionados à substância. Nos últimos tempos, tem sido observado um aumento no número de jovens compartilhando experiências negativas nas redes sociais após o consumo do fármaco.
Essa medida foi bem recebida por entidades como a Associação Brasileira do Sono (ABS) e a Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), que enfatizam a importância de que o uso do zolpidem seja feito sob prescrição médica e com acompanhamento profissional adequado ao longo do tratamento.
Uma mudança significativa foi realizada no adendo 4 da lista de substâncias psicotrópicas controladas, que anteriormente permitia a comercialização de medicamentos contendo até 10 mg de zolpidem por dose, seguindo as mesmas regras dos remédios da Lista de Substâncias Sujeitas a Controle Especial, a lista C1. Essa alteração implica que os medicamentos fabricados a partir de 1º de dezembro devem apresentar a tarja preta em suas embalagens.
A Anvisa esclareceu que os produtos com tarja vermelha ainda poderão ser vendidos até o término de seu prazo de validade, porém, os consumidores precisarão apresentar a receita azul para efetuar a compra, garantindo assim um controle mais eficaz sobre a comercialização do zolpidem.
Fonte: @ Veja Abril
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