Déficit primário de R$ 1,1 bilhão em 2024: despesas superaram arrecadações. Tesouro Nacional, Previdência Social, Banco Central. Percepção de risco fiscal elevada. Mercado, investidores estrangeiros, metas 2025-2026. Dinheiro fluxo do caixa público.
O governo federal apresentou um déficit primário de R$ 1,527 bilhão em março, conforme informado nesta segunda-feira (29) pelo Tesouro Nacional. Isso resultou em um acumulado de 12 meses com um déficit de R$ 247,4 bilhões para o governo, representando 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
As medidas de ajuste fiscal tomadas pelo governo para controlar as contas públicas ainda não surtiram o efeito esperado, já que o déficit persiste. É fundamental que o poder executivo adote novas estratégias para equilibrar as finanças e garantir a sustentabilidade econômica do país.
O desafio do governo em manter o equilíbrio fiscal
Os dados divulgados pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC), com exclusão das despesas com a dívida pública, são essenciais para avaliar a saúde financeira das contas públicas. O governo federal, através do poder executivo, estabeleceu metas a serem perseguidas ao longo dos anos de 2024, 2025 e 2026, com a aprovação do arcabouço fiscal no ano passado.
Em 2024, a meta estipulada para o resultado primário é de déficit zero. No entanto, as projeções atuais dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento indicam um resultado negativo de R$ 9,3 bilhões. Essa diferença entre o planejado e o previsto destaca a necessidade de o governo se empenhar em controlar as finanças públicas.
A forma como o governo lida com as despesas e a arrecadação tem impacto direto na percepção de risco fiscal pelos agentes financeiros. Se houver um descompasso significativo entre o que entra e o que sai do caixa público, o mercado pode reagir negativamente, como observado em períodos passados. Por outro lado, seguir as metas projetadas fortalece a confiança dos investidores, especialmente os estrangeiros, que passam a direcionar recursos para o Brasil.
A entrada de mais dólares no país e no mercado de ações nacional está diretamente ligada à capacidade do governo de cumprir suas obrigações financeiras e demonstrar responsabilidade fiscal. A transparência e a eficiência na gestão do dinheiro público são fundamentais para atrair investimentos e garantir a estabilidade econômica.
Portanto, a execução adequada das metas fiscais estabelecidas para os próximos anos é crucial para a construção de um ambiente favorável aos negócios e ao desenvolvimento econômico do Brasil. É um desafio que o governo precisa enfrentar com seriedade e comprometimento para garantir o equilíbrio das contas públicas e a confiança dos mercados.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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