A dificil realidade para gestores: apenas 36% dos fundos superam o CDI em estratégias para investidores menos abastados, apesar das elevadas taxas de juros.
O início do ano presente apresentou desafios para os fundos de investimento, como apontam os dados recentes da Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). Os gestores que buscam elevar os ganhos por meio da ampliação do nível de risco das carteiras de investimento enfrentaram um cenário complexo. Em meio a esse contexto, a captação líquida na indústria de fundos de investimento totalizou R$ 105 bilhões.
A diversificação dos investimentos se mostra fundamental em um cenário volátil, onde é essencial estar atento às oscilações do mercado financeiro. As diversas opções de aplicações financeiras disponíveis devem ser cuidadosamente avaliadas para garantir a preservação e o crescimento dos fundos de investimento. Por meio de uma abordagem estratégica e bem fundamentada, é possível potencializar os retornos e minimizar os riscos das carteiras de investimento.
Fundos de Investimento: Estratégias de Gestão em Meio à Concorrência e Taxas de Juros Elevadas
Os fundos de investimento são uma opção crucial na ampliação do orçamento de muitos investidores, porém, a dura realidade da concorrência entre a Bolsa brasileira e a americana e as elevadas taxas de juros locais apresentam desafios significativos. Apesar das reduções da Selic, o ambiente econômico ainda é marcado por um juro real consideravelmente alto.
Quando observamos as diferentes classes de fundos, percebemos um panorama complexo. Os fundos de renda fixa foram os principais destaques, com captação positiva de R$ 131 bilhões, enquanto os fundos de ações e multimercado enfrentaram resgates de R$ 2 bilhões e R$ 28 bilhões, respectivamente. Essa dinâmica ressalta a variedade de estratégias adotadas pelos fundos de investimento.
Os investidores menos abastados, em particular, buscam opções que agreguem valor aos seus investimentos. Um estudo realizado pela HB Escola de Negócios em parceria com a consultoria FCBO revelou detalhes interessantes sobre esse grupo. Cerca de 1.837 fundos foram analisados, totalizando mais de 9 milhões de contas e aproximadamente R$ 300 bilhões em ativos.
É importante notar que os fundos de renda fixa de baixa duração não foram incluídos nesse levantamento devido ao perfil de risco semelhante ao CDI. Esses fundos adotam uma estratégia conservadora visando a preservação de capital.
No primeiro trimestre, os fundos de ações apresentaram um cenário desafiador, com perdas de quase R$ 2 bilhões. Apesar de um rendimento médio negativo de 0,68%, foi melhor do que o desempenho do Ibovespa, porém inferior ao CDI que atingiu 2,62%. A comparação com o CDI é inevitável para os investidores, uma vez que optaram por abrir mão da segurança do ativo de baixo risco.
Uma análise mais aprofundada revela que os fundos mais rentáveis buscaram exposição nas bolsas americanas, especialmente no S&P 500 e em ações de tecnologia. Empresas como Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla foram as preferidas dos gestores, refletindo o crescimento do mercado tecnológico e suas máximas históricas.
Enquanto o S&P 500 e o índice NASDAQ 100 demonstraram valorizações expressivas, questões como a instabilidade na economia chinesa e seus impactos nos preços do minério de ferro influenciaram as estratégias dos gestores. Em contrapartida, investimentos em Vale figuraram entre as piores rentabilidades, evidenciando a volatilidade do mercado e a importância de estratégias bem definidas em fundos de investimento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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