Empresa aposta em campanha de marketing ampliada e novo mascote com inteligência artificial, visando aumentar o faturamento esperado.
Neste ano, a Páscoa promete ser um momento de muita alegria e celebração para a Americanas, que espera um aumento de 20% nas vendas em comparação com o ano passado. A data é conhecida por ser um período de renovação e esperança, repleto de chocolates e presentes para celebrar com a família e amigos.
Além de ser uma data festiva muito esperada pelas crianças, a Páscoa também possui um significado especial para os cristãos, sendo uma importante celebração religiosa que representa a ressurreição de Jesus Cristo. O feriado é marcado por momentos de fé e reflexão, unindo as pessoas em orações e agradecimentos por esse momento tão significativo para a religião cristã.
Páscoa: Uma Celebração Religiosa e Data Festiva
O sucesso da data representaria um ponto de inflexão nas operações da companhia um ano após a entrada em recuperação judicial.O processo transformou uma das principais datas para a empresa em uma operação complexa tanto do ponto de vista operacional quanto financeiro.A empresa não revela o faturamento esperado, mas projeta vender 11 milhões de ovos de Páscoa, de um total de 160 milhões de itens relacionados à data, como caixas de bombom e barras de chocolate.No ano passado, foram 150 milhões, volume similar ao de 2022, pré-crise.
Desafios e Oportunidades na Páscoa
A campanha deste ano inclui um retorno das ações de marketing, ainda em escala menor que a de dois anos atrás, e um novo mascote — um coelho gerado por inteligência artificial, a partir de recomendações dos clientes.A autoproclamada ‘maior Páscoa do Brasil’ é uma das principais datas comerciais para a Americanas durante o ano.Em 2023, porém, aconteceu logo após a revelação da fraude contábil e da recuperação judicial da companhia, fatores que abalaram a credibilidade junto aos clientes e secaram o crédito dado pelos fornecedores.
Estabilidade e Crescimento na Operação de Páscoa
Para manter o evento de pé, a Americanas teve de pagar produtos à vista, o que foi possível graças ao empréstimo DIP (concedido a empresas em dificuldades) de R$ 2 bilhões feito pelo trio de acionistas de referência, formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.Com isso, a despeito dos problemas, o volume de vendas ficou estável na comparação com a Páscoa de 2022.
Desenvolvendo Estratégias para a Páscoa
O caixa foi pressionado, mas a venda no período trouxe recursos que ajudaram a recompor o estoque das lojas para os meses seguintes. Sam Altman retorna ao conselho de administração da OpenAI, empresa por trás do ChatGPT As relações com os fornecedores e o fôlego que a operação física mostrou desde então levaram a varejista a fazer a projeção de que voltará a crescer. Nos nove primeiros meses do ano passado, a venda física da Americanas caiu 4,4%, para R$ 9,275 bilhões, bem menos que os 77% de queda no digital, para R$ 4,801 bilhões.
Adaptações e Perspectivas Futuras para a Páscoa
‘O caixa mais robusto nos permitiu voltar para uma estratégia de variedade, e voltar a fazer as compras como a Americanas fazia tradicionalmente’, afirmou ao Broadcast o CEO da Americanas, Leonardo Coelho.Ao longo do ano passado a empresa trabalhou ajustando o mix de produtos ofertados nas lojas.Hoje são 53 diferentes pacotes de produtos (clusters) diferentes para as diversas operações.Na fase mais aguda da crise do ano passado, o número foi reduzido a cinco para facilitar os desafios logísticos.’Agora aumentamos a complexidade, mas ao mesmo tempo conseguimos gerar um perfil mais adequado de produtos em cada uma das lojas’, disse.Na campanha da Páscoa, a estratégia foi importante para desenhar a demanda junto à indústria.Os pagamentos aos fornecedores da Páscoa foram à vista quase na sua totalidade.
Planejando o Futuro: Inovação e Estratégia para a Páscoa
As negociações para a data iniciaram em abril do ano passado, ainda sob o impacto da recuperação judicial.Com acesso a um novo aporte de R$ 3,5 bilhões, dos R$ 24 bilhões que a companhia receberá a partir da homologação da RJ, é esperado que as negociações de prazo sejam restabelecidas.Nas próximas campanhas de datas comerciais, Coelho aponta que a empresa ‘volta a ser uma varejista normal’, administrando o capital de giro com o prazo dado por fornecedores.Segundo ele, no Dia das Mães a expectativa é que este efeito já seja percebido, sobretudo nos acordos com a indústria nacional, em ordem próxima a 50% do volume. ‘Para o segundo semestre, que inclui Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal, tudo já vem com prazo’, diz.
Desafios e Oportunidades na Era Digital da Páscoa
A Páscoa de 2024 também servirá para colocar à prova o novo modelo de atuação da empresa no digital. A partir da recuperação judicial e dos padrões de compra dos clientes, a Americanas mudou de estratégia e passou a manter em estoque próprio para o site apenas os produtos que também vende nas lojas, como os próprios chocolates.Categorias como as de eletrodomésticos de linha branca ficaram exclusivamente nos estoques de outras empresas que vendem através do shopping virtual do site, o chamado marketplace.Essa mudança veio acompanhada de um investimento da Americanas na chamada retail media, termo que designa ações de publicidade feitas pelas marcas dentro do ambiente da varejista.
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