Micro-organismos intestinais modulam equilíbrio da microbiota, influenciam saúde mental (serotonina, neurônios vago). Disbiose perturbia ecosistema, impedia liberação de substâncias anti-inflamatórias e neurotransmissores. (max. 149 caracteres)
As conexões entre a microbiota intestinal e o cérebro têm sido alvo de estudo pela comunidade científica, especialmente nos últimos anos.
Estudos recentes têm revelado a importância do microbioma para a saúde do intestino e, por consequência, para o bem-estar mental. A diversidade da microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na regulação do sistema imunológico e na comunicação com o cérebro.
Explorando a Importância da Microbiota Intestinal
Agora, um estudo realizado por instituições de pesquisa irlandesas e divulgado no periódico Neuroscience & Biobehavioral Reviews destaca a relevância da microbiota intestinal para a saúde mental. Além disso, ressalta a contribuição positiva de alimentos fermentados nesse contexto.
Na relação de alimentos benéficos, além dos tradicionais lácteos probióticos, surgem outras opções, como o kombucha, o kefir, o chucrute e o kimchi. Vinagre, missô e pão de fermentação natural também são citados no estudo. Os grãos de kefir têm a capacidade de fermentar leites, bebidas vegetais e até água, incluindo versões veganas.
Em comum, todos esses alimentos concentram micro-organismos que promovem o equilíbrio do ecossistema intestinal, o cólon. Quando a microbiota está em equilíbrio, com predominância de bactérias benéficas, há uma série de impactos positivos, conforme destaca a nutricionista Renata Juliana da Silva.
A presença de disbiose, caracterizada pelo domínio de micróbios patogênicos, aumenta o risco de substâncias prejudiciais circularem pelo corpo, desencadeando processos inflamatórios que podem afetar até mesmo o cérebro. Viagens frequentes dessas substâncias podem resultar em prejuízos cognitivos, ansiedade e depressão.
Manter uma microbiota saudável contribui para a integridade da parede intestinal, impedindo essas excursões perigosas. Além disso, um intestino saudável favorece a liberação de substâncias anti-inflamatórias e a produção de neurotransmissores, como a serotonina, conforme explica a nutricionista Lara Natacci.
Embora a serotonina produzida no intestino não ultrapasse a barreira hematoencefálica, ela desempenha um papel crucial na transmissão de sinais de bem-estar, influenciando o humor. Essa comunicação é conhecida como eixo intestino-cérebro e ocorre por meio de neurônios presentes tanto no sistema nervoso central quanto no gastrointestinal, além do nervo vago, que conecta o tronco cerebral ao intestino, influenciando as emoções.
Lara ressalta a importância de garantir a saúde intestinal para a absorção e utilização adequada de nutrientes essenciais para o organismo. A atenção à microbiota intestinal é fundamental para promover o equilíbrio e a saúde global do corpo.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo