Recentemente, houve relatos de banhistas feridos por águas-vivas com a súbita aparição delas devido a mudanças climáticas e aumento repentino da temperatura da água.
Foto: Minakryn Ruslan/iStock Parece que as águas-vivas estão cada vez mais presentes nos oceanos devido às mudanças climáticas. Será que o banho de mar está sob ameaça por conta desse aumento de águas-vivas?
Esses organismos gelatinosos, conhecidos também como cnidários, têm se proliferado em diferentes regiões costeiras, o que pode impactar diretamente a experiência dos banhistas. As picadas de águas-vivas podem ser dolorosas, então é importante ficar atento ao entrar no mar, especialmente em áreas onde esses animais são mais comuns. Proteja-se sempre ao aproveitar as praias e mantenha-se informado sobre as condições locais das águas-vivas!
Impacto das Mudanças Climáticas na Repentina Aparição de Águas-Vivas
Especialistas debatem sobre o aumento repentino de águas-vivas nas praias de Fortaleza (CE) e região metropolitana, apontando o aumento de temperatura no oceano como principal causa. O biólogo Marcelo Soares relata sua experiência durante um período de 10 dias no mar, onde presenciou todo o mar aquecido a 30 graus até 20 metros de profundidade. As medições mostram que a temperatura da água no litoral cearense está 2,5 graus acima da média, indicando um ambiente propício para o florescimento de organismos gelatinosos.
O aumento das chuvas, que transportam nutrientes dos rios para o oceano, somado ao mar mais quente e à diminuição do vento, cria condições ideais para a proliferação das águas-vivas. O professor Luis Ernesto Arruda destaca que esses fatores favorecem a reprodução desses cnidários, levando a uma população em crescimento exponencial.
A reprodução desordenada das águas-vivas pode gerar um desequilíbrio ecológico temporário, porém, Arruda tranquiliza ao afirmar que a população deve se autorregular naturalmente. Os predadores naturais e a competição entre os organismos ajudam a controlar o aumento da densidade, garantindo que a situação seja normalizada em breve.
Enquanto isso, banhistas devem estar atentos durante seus banhos de mar, especialmente em áreas com a presença de águas-vivas. O biólogo Marcelo Soares destaca que as aparições repentinas desses organismos são mais comuns em praias com águas mais calmas, como na Praia do Futuro em Fortaleza. Locais com águas mais agitadas, como apontado pelo biólogo, apresentaram menor incidência desses animais.
Mesmo assim, incidentes como o ocorrido com o aposentado Ricardo Duarte, que sofreu uma lesão por água-viva enquanto nadava, alertam para a necessidade de precaução ao desfrutar das praias afetadas pela repentina presença de águas-vivas. Acompanhar as orientações dos cientistas e evitar áreas com concentração desses organismos é essencial para desfrutar do mar com segurança.
Fonte: @ Terra
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