Lagos amazônicos sofrem aquecimento acelerado de 0,6ºC, ameaçando comunidades e mamíferos aquáticos.
Estudos do Instituto Mamirauá em Tefé, no Amazonas, destacaram uma situação alarmante: o aquecimento das águas de todos os lagos da Amazônia tem sido uma tendência crescente nas últimas décadas, sem precedentes.
Essa mudança drástica tem impactos significativos na biodiversidade da região, com o aumento do calor afetando diretamente a vida aquática e os ecossistemas locais. É crucial adotar medidas urgentes para mitigar os efeitos do aquecimento global e preservar a rica diversidade da Amazônia.
Risco para os lagos da Amazônia com o aquecimento acelerado
Os mamíferos aquáticos, incluindo os botos, estão entre os mais afetados pelo aumento da temperatura das águas. Mais de 200 animais foram vítimas desse cenário em um curto período. O lago Tefé, em destaque, registrou temperaturas acima de 40°C, revelando um quadro alarmante de calor.
Aquecimento preocupante nas águas da Amazônia
O Instituto Mamirauá analisou minuciosamente os dados da temperatura dos lagos da Amazônia, obtidos por satélites. Os resultados preliminares, apresentados na 76ª Reunião Anual da SBPC, apontam um aumento de 0,6ºC por década desde 1990 em 25 lagos da região central. O aquecimento é uma realidade generalizada e expressiva, impactando diretamente os ecossistemas aquáticos.
Impacto do calor na vida dos botos da Amazônia
O pico de calor na região amazônica tem sido fatal para os botos, com temperaturas atingindo níveis sem precedentes. Em 2023, durante uma seca extrema, o lago Tefé ultrapassou os 40ºC, desencadeando a morte de 209 botos em apenas um mês. A hipótese do aquecimento acelerado, resultado das mudanças climáticas, é apontada como a principal causa dessas tragédias.
Consequências do aquecimento nas águas amazônicas
Especialistas em mamíferos aquáticos estão em alerta devido ao aumento das mortes de botos na região. A Operação Emergência Botos Tefé foi uma resposta a esse cenário alarmante, que culminou na identificação da hipertemia como a causa das mortes. O aquecimento das águas, aliado à seca e à ausência de nuvens, tem colocado em risco não apenas os botos, mas todo o ecossistema aquático da Amazônia.
Monitoramento contínuo diante do aquecimento das águas amazônicas
Após a operação de resgate, os pesquisadores mantiveram um rigoroso monitoramento das temperaturas dos lagos. O risco persiste, com registros de temperaturas extremas, como 37ºC, em diferentes períodos. A preocupação com o aquecimento generalizado é evidente, representando uma ameaça constante para os ecossistemas aquáticos e a vida selvagem da região.
Fonte: @Olhar Digital
Comentários sobre este artigo