Advogado Wellington Pires da Silva atuou em escritório em Santa para transferência de presídio, decisões judiciais, Operação Churrascada, mensagens interceptadas e pagamento de propina.
Via @portalg1 | O advogado Wellington Pires da Silva, que trabalhou em um escritório em Santa Rosa de Viterbo (SP), é investigado por tentar ‘negociar’ a mudança de presídio do traficante Romilton Queiroz Hosi, parceiro de Fernandinho Beira-Mar, com o juiz do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Ivo de Almeida, suspeito de corrupção pela Polícia Federal por influenciar sentenças judiciais.
Esse caso envolvendo o advogado e o desembargador trouxe à tona mais uma polêmica no mundo jurídico, levantando questionamentos sobre a ética e a conduta dos juristas envolvidos. A atuação do défensor em favor de um criminoso como Hosi coloca em xeque a integridade da justiça, evidenciando a importância de investigações rigorosas nesse meio.
Advogado envolvido em esquema de propina para transferência de presidiário
Romilton, conhecido causídico, encontra-se detido em uma penitenciária localizada em Avaré (SP) desde o ano de 2019. Naquela ocasião, a intenção era realizar uma negociação para a transferência do preso para um estabelecimento prisional situado no Mato Grosso, visando sua fuga. O réu teria oferecido a quantia de R$ 1 milhão em propina, valor que seria entregue ao desembargador Ivo.
Decisões judiciais e desdobramentos da Operação Churrascada
O desembargador Ivo foi afastado do caso na semana passada, quando a Operação Churrascada foi deflagrada. Por sua vez, Wellington teve sua prisão preventiva decretada, porém encontra-se em situação de foragido. O veículo de comunicação G1 está em busca de informações junto à defesa do advogado envolvido.
Mensagens interceptadas revelam esquema de pagamento da propina
Mensagens interceptadas com autorização judicial e obtidas pela EPTV, afiliada da TV Globo, expõem os meandros da transação ilícita. Em uma das mensagens, Wellington dialoga com um intermediário de Ivo no Tribunal de Justiça, discutindo detalhes da transferência para o Mato Grosso mediante o pagamento de R$ 1 milhão.
Negociação ilícita e envolvimento de advogados
Em outro diálogo, Luiz Pires de Moraes, jurista em Santa Rosa de Viterbo, conversa com Wellington sobre a transação financeira envolvendo a propina milionária. A Polícia Federal suspeita que Luiz tenha ido ao Paraguai buscar o montante em questão. A defesa de Luiz preferiu não comentar as acusações, alegando falta de acesso às informações.
Desdobramentos e dificuldades no plano criminoso
Wellington questiona o advogado de Santa Rosa sobre a solidez financeira do responsável pelo pagamento da transferência, indicando a riqueza do indivíduo. Contudo, o plano não obteve êxito devido a obstáculos encontrados ao longo do processo. O advogado Wellington Pires da Silva, de Santa Rosa de Viterbo, encontra-se em situação de foragido.
Afastamento do desembargador e investigações em curso
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento de Ivo por um período de um ano, após a divulgação dos detalhes da operação policial. Além disso, a Corregedoria Nacional de Justiça abriu uma Reclamação Disciplinar contra o desembargador, sob alegações de conduta inadequada. O ministro Luis Felipe Salomão solicitou informações adicionais sobre o caso, visando esclarecer os próximos passos das investigações.
Fonte: © Direto News
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