Causídico defendia réu acusado de matar youtuber de 14 anos, com comportamento ofensivo nos autos, solicitando adiamento de julgamento e prerrogativas da OAB em sessões marcadas.
Em um caso que chocou a opinião pública, um promotor utilizou uma linguagem ofensiva ao se referir a um advogado em uma manifestação nos autos de um processo. O caso em questão resultou na condenação de Everton Vargas a 14 anos de prisão pela morte de uma adolescente youtuber.
Após o pedido de adiamento de sessão feito pelo advogado da defesa, o promotor reagiu de forma inapropriada, utilizando um termo pejorativo para se referir ao profissional. Essa atitude é inaceitável e desrespeitosa, especialmente vindo de um defensor da lei. A advocacia deve ser respeitada e valorizada, e os juristas devem ser tratados com dignidade e respeito. A linguagem ofensiva não tem lugar no ambiente jurídico.
Advogado é alvo de comportamento ofensivo em manifestação
Em 2018, um caso chocante ocorreu quando Isabelly Cristine Domingos dos Santos, de 14 anos, foi atingida por um disparo na cabeça enquanto estava em um carro com a família. Everton Vargas assumiu a autoria dos disparos, alegando ter acreditado que os ocupantes do carro da família iriam assaltá-lo. Seis anos após o ocorrido, o réu foi julgado entre os dias 2 e 6 de setembro, em sessões marcadas por tensões, até mesmo antes do início das atividades no Tribunal.
O advogado de defesa do réu, Cláudio Dalledone Júnior, um experiente jurista, apresentou um requerimento semanas antes do início do julgamento, solicitando o adiamento das sessões, alegando um compromisso judicial previamente agendado para a mesma data. No entanto, antes mesmo da análise do pedido pela juíza do caso, o promotor do processo, Rodrigo Sanches, protocolou uma manifestação com o título ‘dalecoco’, o que foi interpretado pela defesa como uma ofensa direta ao advogado. Essa atitude foi considerada um comportamento ofensivo e inaceitável por parte de um defensor da lei.
Advogado aciona prerrogativas da OAB
Após o ocorrido, Dalledone, um defensor dos direitos de seu cliente, acionou as prerrogativas da OAB/PR e pediu providências junto à Corregedoria-Geral do MP para apurar os fatos. Além da ofensa, durante o julgamento do caso, o advogado afirmou ter sido chamado de ‘mentiroso’ durante o interrogatório de uma das testemunhas do caso. Essa situação gerou uma grande tensão no ambiente do tribunal e colocou em xeque a imparcialidade do promotor. A advocacia deve ser respeitada e os advogados devem ser tratados com dignidade e respeito, independentemente do caso que estejam defendendo.
Fonte: © Migalhas
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