A quantidade de açúcar no produto é um perigo; a análise de rótulos é essencial, esse achado chama atenção para os altos níveis de açúcar.
A investigação conduzida pela ONG suíça Public Eye, em parceria com a Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar, revelou dados alarmantes sobre os produtos infantis da Nestlé, como Mucilon e Ninho. Um ponto preocupante destacado no estudo foi a presença elevada de açúcar nos itens destinados a crianças de regiões menos favorecidas, como o Brasil. Essa descoberta levanta questionamentos sobre a responsabilidade das empresas na oferta de alimentos saudáveis para os jovens.
O aumento do consumo de alimentos ricos em açúcar pode contribuir para problemas de saúde, como obesidade e diabetes, devido à maior ingestão de sacarose e glicose. Portanto, é crucial que haja maior transparência e regulação na indústria alimentícia, incentivando a redução da adição de ingredientes prejudiciais à saúde das crianças. A conscientização sobre os impactos do excesso de açúcar na dieta é fundamental para a promoção de escolhas alimentares mais equilibradas e nutritivas.
Análise de rótulos revela a quantidade de açúcar nos produtos
Em alguns países, como a Suíça, berço da empresa, a presença do açúcar nos produtos é praticamente inexistente. É um contraste drástico com a situação em que a Nestlé foi denunciada por adicionar açúcar em produtos destinados a bebês. O achado chamou atenção: o Mucilon para bebês e crianças no Brasil contém cerca de 4 gramas de açúcar por porção. Na Indonésia, o Ninho apresentou 2 gramas de açúcar. Nas Filipinas, a situação é ainda mais alarmante, com 7,3 gramas de açúcar por porção no Mucilon, seguido por níveis de açúcar de 6,8 g e 5,9 g na Nigéria e Senegal, respectivamente.
O alerta está evidente: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é recomendado que crianças com menos de 2 anos não tenham contato com nenhum tipo de açúcar. Essa orientação é reforçada pelo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras desenvolvido pelo Ministério da Saúde. O perigo reside na quantidade de açúcar nos produtos, e a análise de rótulos revela que 94% dos itens examinados da Nestlé para bebês continham adição de açúcar.
A quantidade de açúcar presente, principalmente na forma de maltodextrina, não é declarada nas embalagens, aumentando a preocupação em relação à falta de transparência. Esse cenário não é exclusivo da Nestlé, pois muitas marcas recorrem a ingredientes para reduzir custos e enganar os consumidores. Os níveis de açúcar presentes nos alimentos infantis podem ter impactos negativos no comportamento alimentar, contribuindo para problemas de saúde como obesidade e outras complicações.
A necessidade de evitar o açúcar, seja sacarose, glicose ou outros tipos de adoçantes, é crucial, especialmente para crianças em fase de desenvolvimento. Substituições inteligentes na dieta podem ser fundamentais para manter um equilíbrio saudável. A Nestlé, em resposta às denúncias, salienta que segue as regulamentações locais e internacionais em relação à adição de açúcar em seus produtos, garantindo a segurança alimentar para os consumidores, especialmente os mais jovens.
Fonte: @ Metropoles
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