O requerimento do delegado Nelson Alves, do 30° DP, no Tatuapé, será analisado por um juiz. Suspeita-se de suborno para forjar provas no depoimento das testemunhas.
Um terrível acidente chocou a cidade de São Paulo, resultando na morte de um motorista de aplicativo. A Polícia Civil está investigando as circunstâncias que levaram a essa tragédia e solicitou a prisão preventiva do condutor do veículo envolvido.
O sinistro aconteceu no bairro do Tatuapé e causou grande comoção na região. O delegado responsável pelo caso, Nelson Alves, está empenhado em esclarecer os detalhes dessa colisão para garantir justiça para a família da vítima.
Acidente envolvendo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho
Agora, ele deve passar pela análise de um juiz. Para o delegado, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, tem poder aquisitivo elevado, podendo usar a sua influência para subornar testemunhas do caso e forjar provas a seu favor. Logo após a tragédia, a Justiça já havia negado um pedido de prisão do empresário feito pela polícia.
Depoimento de Juliana Simões sobre o acidente
Na ocasião, o Tribunal de Justiça entendeu ‘não estarem presentes os requisitos necessários’. A companheira de Marcus Vinicius Machado Rocha, 22, amigo de Sastre presente na colisão, prestou depoimento à Polícia Civil nesta semana.
Juliana Simões afirmou ter presenciado uma discussão entre o motorista e Rocha antes de os dois entrarem no Porsche, deixando uma casa de pôquer. Segundo ela, Fernando foi aconselhado a não dirigir por estar um pouco alterado.
Desdobramentos do acidente e depoimento de Fernando
A depoente ainda disse que, como não chegaram a um acordo, o empresário conduziu o Porsche porque não quis deixar outra pessoa dirigir o veículo. O amigo então se ofereceu para ir com Fernando no Porsche, a fim de que ele não fizesse nada de errado, disse a jovem, e as duas os seguiram no Audi de Rocha.
Algum tempo depois, o empresário acelerou e elas o perderam de vista. Em seguida, foram informadas sobre o sinistro. Após a batida, o condutor do Porsche deixou o local no carro da mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, e não fez o teste do bafômetro. O Ministério Público afirma que a mãe atrapalhou as investigações e pediu abertura de inquérito para apurar a conduta dos PMs que liberaram o suspeito antes de saber se ele estava sob efeito de álcool.
Em depoimento à polícia, Fernando afirmou não ter consumido bebida alcoólica ou drogas antes do acidente e disse estar um pouco acima da velocidade permitida na avenida quando bateu. Imagens de câmera de segurança de um posto de gasolina próximo ao local do acidente mostram o carro de luxo trafegando muito acima da velocidade de outros veículos.
Testemunhas e investigação de possível suborno
Nesta sexta-feira (5), uma testemunha que não quis se identificar afirmou que Fernando e o amigo estavam visivelmente embriagados. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou não ter tido acesso às imagens de câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência e deixaram o condutor ser levado pela mãe sem fazer o teste do bafômetro.
‘Eu sei que a Polícia Militar está apurando se houve erro por parte dos policiais militares em permitir que ele fosse socorrido por familiares. E se houve erro, os policiais certamente vão responder por isso’, disse nesta sexta. Leia Também: Fiscais do trabalho interditam setor de Congonhas por risco de acidentes.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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