Justiça boliviana investiga Companhia de Jesus por 42 casos de pedofilia no Colégio Juan 23. Vítimas apontam fracasso pessoal de padres espanhóis.
Importante: este artigo contém informações que podem ser perturbadoras para alguns leitores. Marina sofreu em silêncio por muitos anos. Ela enfrentou o abuso emocional de seu parceiro, mas finalmente encontrou coragem para buscar ajuda. Marina decidiu romper o ciclo de violência e reconstruir sua vida.
Após superar o abuso, Marina se dedicou a ajudar outras mulheres que passaram por situações semelhantes. Ela se tornou uma defensora dos direitos das vítimas de assédio e agressão. Sua história inspiradora mostra que é possível encontrar força para superar momentos difíceis e criar um futuro melhor. segredos a bordo
Revelações de Abuso: Segredos Obscuros e Impacto Profundo
Pablo, um bacharel boliviano, viu sua vida virar de cabeça para baixo quando sua esposa trouxe à tona a questão que ele sempre tentou evitar: ‘Você passou por isso?’ Era a reportagem chocante intitulada ‘Diário de um padre pederasta’, elaborada pelo jornalista Julio Núñez e publicada no jornal El País, em abril de 2023. O foco era Alfonso Pedrajas, conhecido como ‘padre ‘Pica”, ex-diretor do Colégio Juan 23 em Cochabamba, Bolívia.
Nesse diário, Pedrajas confessou o que ele chamou de seu ‘maior fracasso pessoal’: o abuso sexual. Ele admitiu ter prejudicado muitas pessoas, incluindo Pablo, que viveu no internato nos anos 80. O sacerdote jesuíta revelou ter informado a diversos superiores e clérigos sobre os abusos, mas nenhuma ação foi tomada para detê-lo.
A pressão aumentou quando Pablo foi confrontado por seu irmão e finalmente admitiu a verdade: Pedrajas o havia abusado dos 11 aos 13 anos. Ele se sentia sozinho, acreditando ser o único, até a publicação do diário um ano antes, que desencadeou um escândalo. A Procuradoria de Cochabamba abriu uma investigação contra 23 religiosos, e o papa Francisco enviou seu assessor para lidar com casos de pedofilia.
O presidente boliviano condenou as ‘condutas aberrantes’ e pediu transparência à Igreja. A Companhia de Jesus, embora acusada, ofereceu um canal de ouvidoria para as vítimas, reconhecendo a dor causada. Pedrajas faleceu em 2009, mas as feridas permanecem abertas.
Um ano após a publicação do diário, Pablo se juntou à Comunidade Boliviana de Sobreviventes de Abuso Sexual Eclesial, buscando justiça e reparação. Mais de 400 pessoas afirmam ter sido prejudicadas no Colégio Juan 23, que fechou seu internato em 2008. A luta por justiça continua, enquanto as vítimas buscam responsabilização pela violência sofrida.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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