Entidade propôs ao BC no final de 2021 e dialoga com governo sobre reforço do crédito imobiliário e diminuição de 5 pontos percentuais nos depósitos compulsórios.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a proposta de redução de 5 pontos percentuais nos depósitos compulsórios impactaria positivamente o ambiente de ‘funding’ disponível para o setor imobiliário, injetando cerca de R$ 37 bilhões a curto prazo. Essa medida poderia impulsionar significativamente o financiamento de novos empreendimentos e a aquisição de imóveis, beneficiando tanto compradores quanto construtoras.
A liberação de montantes adicionais significa mais recursos financeiros direcionados para investimentos no mercado imobiliário, aumentando assim as oportunidades de financiamento para projetos diversos. Com um maior volume de dinheiro disponível, o setor tende a se fortalecer e a se expandir, promovendo o crescimento econômico e a geração de empregos relacionados à construção civil e ao mercado imobiliário em geral.
Discussões sobre Funding e Medidas de Crédito
Em paralelo, a instituição tem mantido diálogos com o governo central recentemente, discutindo a implementação de outras ações para fortalecer o financiamento do setor a médio e longo prazos. Há uma forte expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assine em breve uma medida provisória com diretrizes específicas para o setor de funding.
‘No imediato, essa possível liberação de depósitos compulsórios teria um impacto extremamente positivo’, afirma Sandro Gamba, que ocupa a posição de presidente da associação. Os depósitos compulsórios são valores recolhidos pelo Banco Central por meio de taxas incidentes sobre os recursos captados pelas instituições financeiras. Eles desempenham um papel crucial como reserva de liquidez para o sistema bancário em períodos de instabilidade e como mecanismo de regulação da oferta e demanda de crédito.
Em fevereiro, esses recursos atingiram a marca de R$ 620,2 bilhões, de acordo com os dados históricos da autoridade monetária. Já em março de 2020, totalizavam R$ 354,9 bilhões. Na ocasião, pouco antes da implementação de medidas de estímulo decorrentes da pandemia, o Banco Central vinha adotando uma estratégia progressiva de redução desses recursos, em 5 pontos percentuais.
Impacto das Medidas de Funding no Setor Financeiro
A liberação de dinheiro disponível, com a possível diminuição dos depósitos compulsórios, tende a impulsionar o financiamento imobiliário e a ampliar a oferta de crédito no mercado. Esse cenário pode dinamizar a economia e estimular os investimentos no setor produtivo, favorecendo o crescimento econômico.
A assinatura da medida provisória pelo presidente Lula da Silva representa um passo importante no caminho para aprimorar o ambiente de funding e fortalecer a estrutura financeira do país a médio prazo. A expectativa é que tais ações contribuam para estimular o mercado de crédito e aumentar a liquidez no sistema financeiro, possibilitando um ambiente mais propício para o desenvolvimento econômico sustentável.
Reformulação das Políticas de Financiamento
A revisão dos níveis de depósitos compulsórios é vista como uma medida estratégica para adequar o sistema financeiro às demandas do cenário econômico atual. A flexibilização desses requisitos pode representar um estímulo significativo ao financiamento de projetos e empreendimentos, além de impulsionar a circulação de recursos e a concessão de crédito.
Nesse contexto, a adoção de políticas mais condizentes com as necessidades do mercado pode proporcionar um ambiente mais favorável para o crescimento sustentável da economia. O monitoramento constante das mudanças no financiamento e a implementação de medidas eficazes são essenciais para garantir a estabilidade e a solidez do sistema financeiro no longo prazo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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