A psicoterapeuta Philippa Perry visitou o Brasil, abordando saúde mental, parentalidade e conexões autênticas.
Em visita ao Brasil, a psicoterapeuta Philippa Perry aborda temas relacionados a parentalidade, saúde mental e relacionamentos em sua obra.
Philippa Perry, psicoterapeuta, escritora e apresentadora, chega ao Brasil na segunda quinzena de novembro para falar sobre relacionamentos. Para ela, o encontro com os outros é fundamental para o nosso desenvolvimento como seres humanos. Durante seu período na capital paulista, ela irá discutir como se estabelecem laços e vínculos saudáveis, desde contatos casuais até aproximações mais profundas. A ideia de que um vínculo é algo que se fortalece com o tempo, e não apenas com o encontro, é um dos pontos centrais da sua abordagem. Durante o evento, ela irá abordar como podemos criar relacionamentos mais significativos e como lidar com situações de relacionamentos que não nos trazem felicidade. Além disso, ela também abordará como a relacionamento com os outros afeta nossa saúde mental e como podemos melhorar nossa conexão com os outros.
Transformando Relacionamentos: O Papel da Autenticidade
É reconhecida por sua abordagem direta e acessível para questões complexas, resultando em best-sellers como ‘O Livro que Você Gostaria que Seus Pais Tivessem Lido’ e ‘O Livro que Você Gostaria que Todas as Pessoas que Você Ama Lessem’, lançado no Brasil pela Companhia das Letras. Além de suas obras literárias, é conhecida por seu trabalho como colunista no jornal The Observer, onde oferece aconselhamento sobre relacionamentos e saúde mental, e por programas de rádio e TV na BBC. Philippa desembarca no país para ministrar a aula ‘A Palestra que Você Gostaria que Seus Pais Tivessem Assistido e Seus Filhos Ficariam Felizes que Você Assistiu’ em 28 de novembro no Teatro Santander. A explanação faz parte da 6ª edição do G.A.T.E. Academy, evento sobre educação internacional organizado pela agência de intercâmbios STB em parceria com o JK Iguatemi e a The School of Life. Antes disso, ela participa do encontro HSM+. Em entrevista exclusiva a VEJA, a escritora compartilhou suas reflexões sobre o papel da autenticidade e da vulnerabilidade nas relações humanas, abordando a importância do autocuidado e de uma comunicação mais aberta e genuína. Sua visão se alinha à necessidade crescente de criar laços mais profundos e significativos em um mundo cada vez mais digital e fragmentado.
Os Laços que nos Unem: Uma Jornada de Aprendizado
Para começar, gostaria de entender a motivação por trás do seu livro, que tem um título provocativo. O que a inspirou a escrevê-lo e quais são os principais ensinamentos que você espera que os leitores absorvam? A autora explicou que o livro fala sobre o relacionamento humano. Como terapeuta, percebeu que, em 99% das vezes, os problemas que trazem as pessoas à terapia estão relacionados a como elas se conectam com os outros e consigo mesmas. Quando alguém a procurava com qualquer tipo de problema, quase sempre havia uma relação com experiências passadas ou com a forma como se relacionavam consigo ou com os outros. Então, decidiu escrever sobre relacionamentos para ajudar a entender melhor como os criamos e porque os criamos. Dividiu o livro em várias partes, explorando temas como conexão, discussão, mudança e contentamento, porque acredita que esses elementos são centrais para nossos relacionamentos. Fala sobre como nos conectamos e por que isso é importante, como lidamos com conflitos e aprendemos a argumentar, e como encontrar contentamento na vida – algo que, para mim, está sempre enraizado na qualidade dos nossos relacionamentos.
A Escolha de Mudar: Responsabilidade Pessoal em Conflitos
Ela enfatiza no livro que cada pessoa é responsável pela forma como se relaciona com os outros e que apenas nós mesmos podemos mudar esses comportamentos. Como essa responsabilidade pessoal pode se manifestar em situações de conflito real? A autora pensa que a responsabilidade pessoal começa com a decisão de sermos quem realmente somos, sem máscaras ou papéis predefinidos. Quando nos mantemos autênticos, aceitamos nossas próprias limitações e falhas, o que facilita entender o lado do outro também. Em conflitos, se nos mantivermos abertos e dispostos a aprender, podemos transformar esses momentos em oportunidades de crescimento e fortalecimento de nossa conexão com os outros.
Fonte: @ Veja Abril
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