A chapa de La Porta e Yane Marques, formada pelo Comitê Olímpico do Brasil, conquistou 30 votos, enquanto a chapa da situação, liderada pelo Comitê Olímpico Internacional e formada por Paulo Wanderley e Alberto Maciel Júnior, recebeu 25 votos na Comissão de Atletas, onde o Conselho de Administração deve seguir a Lei Geral do Esporte.
A eleição realizada no Rio de Janeiro, no dia 3, escolheu Marco Antônio La Porta e Yane Marques como os futuros comandantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB) no período entre 2025 e 2028.
As duas figuras, eleitas com a confiança do eleitorado, terão o desafio de conduzir o COB por mais quatro anos, durante o qual o país estará em plena preparação para a realização das Olimpíadas de Los Angeles.
A Eleição do Comitê Olímpico do Brasil: Um Desafio ao Estatuto
A candidatura vencedora, liderada por La Porta, conquistou 30 votos, enquanto a chapa da situação, composta pelo atual presidente Paulo Wanderley Teixeira e Alberto Maciel Júnior, recebeu 25 votos. Entre os eleitores, 34 presidentes das Confederações Olímpicas de Verão e Inverno filiadas ao COB, dois membros brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI), Andrew Parsons e Bernard Rajzman, e 19 representantes da Comissão de Atletas, participaram da votação.
A eleição foi marcada pela disputa da legitimidade de um terceiro mandato do atual presidente, o que gerou controvérsia entre entidades do esporte e organizações de atletas. Segundo eles, a candidatura de Paulo Wanderley violaria a Lei Geral do Esporte, pois o terceiro mandato é considerado irregular. Além disso, o Atletas pelo Brasil e o Pacto pelo Esporte argumentam que o mandato-tampão, em substituição ao presidente deposto, constitui mandato normal.
A situação se agravou quando o Conselho de Ética do COB e do Conselho Eleitoral emitiu pareceres que entendiam que a primeira candidatura de Paulo Wanderley Teixeira à presidência da entidade ocorreu em 2020, o que poderia permitir seu terceiro mandato. No entanto, a Advocacia Geral da União emitiu um parecer em 2021, afirmando que o mandato do vice-presidente, em substituição ao titular, deve ser contado como o primeiro, e que apenas um período subsequente pode ser disputado.
O resultado da eleição foi que a chapa de La Porta foi eleita, enquanto a chapa da situação liderada por Paulo Wanderley Teixeira ficou em segundo lugar, com 25 votos.
O Conselho de Administração: Novos Integrantes
Além da eleição do presidente, a convenção também escolheu sete membros do Conselho de Administração, representando as Entidades Nacionais de Administração do Desporto (ENADs) filiadas ao COB, integrantes dos programas olímpicos de Verão e de Inverno, e um membro independente do Conselho de Administração pelos próximos quatro anos. O membro independente eleito foi Daniela Castro, diretora executiva do Pacto pelo Esporte, com 29 votos contra 26 de Ricardo Leyser. William Mioto não recebeu votos.
Os membros do Conselho de Administração eleitos foram Felipe Barros, da Enad do handebol; Radamés Lattari Filho, do vôlei; Rafael Girotto, da canoagem; Jodson Gomes Júnior, do tiro esportivo; Karl Anders Pettersson, de desportos da neve; Flavio Neves, do wrestling; e Flavio Padaratz, do surfe.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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