No Caribe e América Latina, El Niño e longo-termos mudanças climáticas causaram 2023: calor recorde, secas severas, inundações, extremos climáticos, prejuízos econômicos, riscos e mudanças climáticas humanas induzidas – fenômeno El Niño, mudanças climáticas de longo prazo, impactos.
Na América Latina e no Caribe, a junção dos efeitos do fenômeno El Niño -que contribui para o aumento da temperatura- e das mudanças climáticas de longo prazo resultou em 2023 sendo um ano caracterizado por calor excepcional e uma série de eventos climáticos extremos. Os registros locais confirmaram que, assim como em escala global, o ano anterior também foi o mais quente da história na região, com temperatura média 0,82°C acima do observado entre 1991 e 2020.
Com o aumento das preocupações em relação ao clima atípico e às mudanças climáticas, é crucial adotar medidas para mitigar os impactos negativos no meio ambiente e na sociedade. A conscientização sobre a importância de preservar o clima e buscar soluções sustentáveis torna-se cada vez mais urgente. É fundamental agir de forma proativa diante das adversidades geradas pelas mudanças climáticas e promover ações que visem a preservação do nosso planeta para as futuras gerações.
Impactos do Clima e Temperatura em 2023
O ano de 2023 foi marcado por uma série de eventos climáticos extremos, incluindo secas, ondas de calor, furacões e grandes inundações, que resultaram em prejuízos econômicos e impactaram a saúde e segurança alimentar das populações. Essas descobertas estão presentes no mais recente relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial) para a região, divulgado nesta quarta-feira (8).
‘Infelizmente, 2023 foi um ano de riscos climáticos sem precedentes na América Latina e no Caribe’, afirmou Celeste Saulo, secretária-geral da entidade vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas). Ela ressaltou que as condições de El Niño no segundo semestre contribuíram para um ano de calor recorde e intensificaram diversos eventos extremos, em conjunto com o aumento das temperaturas e riscos mais frequentes e extremos devido às mudanças climáticas induzidas pelo homem.
Durante o avanço do ano, a seca se espalhou cada vez mais na parte norte da América do Sul, à medida que o El Niño se fortalecia. Na bacia amazônica, as chuvas entre junho e setembro ficaram significativamente abaixo da média, e oito estados brasileiros registraram as menores precipitações em mais de 40 anos.
O relatório ressalta que o Brasil enfrentou impactos climáticos significativos em 2023, começando com secas intensas e incêndios na região amazônica, onde o rio Negro atingiu o menor nível de água desde 1902. Outras áreas do país lidaram com chuvas extremas e inundações de grandes proporções.
Em São Sebastião (SP), em apenas 15 horas, houve um acumulado de 683 mm de chuva, resultando em inundações e deslizamentos que causaram a morte de pelo menos 65 pessoas. Diversas cidades brasileiras também sofreram com chuvas excepcionais, levando a deslocamentos e perturbações em larga escala. A seca e o calor favoreceram os incêndios florestais em diferentes regiões do país.
Na Amazônia brasileira, foram contabilizados 22.061 focos de incêndio em outubro, o maior número para esse mês desde 2008. Além dos danos causados pelo fogo, a fumaça resultante impactou os habitantes de Manaus, afetando cerca de 2 milhões de pessoas.
O relatório também destaca as fortes chuvas que atingiram o sul do Brasil em 2023, provocando inundações e deslizamentos devido a um ciclone extratropical em junho no Rio Grande do Sul. Ao todo, 49 municípios gaúchos foram afetados pelos temporais e ventos intensos. Agora, em abril e maio de 2024, o estado enfrenta uma tragédia sem precedentes devido a chuvas e inundações.
As enchentes em Santa Catarina e no Paraná no segundo semestre de 2023 também foram mencionadas no relatório. O país experimentou múltiplas ondas de calor ao longo do ano, com algumas regiões registrando temperaturas acima de 41°C, mesmo durante o inverno. O clima escaldante não só prejudicou a população, mas também teve impactos nos animais do país.
No lago Tefé, na Amazônia, a temperatura da água atingiu um recorde, resultando na morte de mais de 20 espécies de peixes. Esses eventos extremos reforçam a urgência de lidar com as mudanças climáticas de longo prazo e os impactos cada vez mais frequentes e intensos do clima atípico.
Fonte: © TNH1
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